Se você ainda não conhece os Causos da Solteirona, essa é a sua chance. Organizei todos em uma subcategoria dentro de Contos e Crônicas, já que pela insistência de muitos, não pude encerrar os Causos. O que Adorei. É muito divertido escrevê-los e melhor ainda é ter você por aqui.
Preciso também, agradecer a sua presença e dizer que o Blog já recebeu mais de 1000 visualizações com um mês de vida. ( Imagine a Mira gritando: “EEEEEEEEEE!!!!!!”) Obrigada por tudo. Pela presença e pelos comentários que têm feito a Mira uma menina muito feliz.
Se você acompanha o Blog, deixe um comentário dizendo o que tem achado e onde pode melhorar. Críticas são muito bem vindas.
Para finalizar e seguirmos para a tão esperada história agradeço ao Matheus Tapioca (Farinha de Mandioca) e à Vivica Bolacha (Coberto de Farrapo) que colocaram meu link em seus blogs e aos cinco (ual) seguidores do Blog pelo Google Reader/ Feed (dos quais só conheço dois, se você é um, taí uma boa hora para me dizer. Se não, passe a ser. Risos).
Ah, só mais uma coisa… (brincadeirinha, vamos ao texto)
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Causos da Solteirona IV
Não vou contar os detalhes daquela noite, nem o que aconteceu dentro daquela casa. Digo apenas que a criança que chorava dentro de mim foi embora poucos segundos depois que entramos. Ninguém queria brincar de casinha, a brincadeira agora era outra. Pedalava como poucas vezes fiz na vida. Agora, minhas mãos até podiam ficar livres. Cedo perdi a insegurança nas pedaladas. Ambos estávamos no mesmo ritmo, na mesma freqüência. Ambos livres como se estivéssemos em campo aberto, sentindo uma brisa suave, mas a verdade, completamente antagônica, era o quarto fechado, que fazia verão, mesmo lá fora sendo inverno.
Tudo correu como eu precisava. Sem promessas, sem cobranças e com os desejos declarados. Apenas desejos. Saí de lá bela, como sou de fato, sem complexos, sem neuroses, sem crises da meia-idade, sem problemas hormonais e principalmente, sem expectativas. Ele era o sim o cara perfeito, perfeito para uma noite e uma noite apenas.
No dia seguinte fui ao salão. Pintei o cabelo, que estava bem preto, de castanho médio e as unhas de vermelho. Repiquei o cabelo, que ficou um pouco acima do ombro. Saí de lá pensando “Não falta mais nada. Declaro-me, portanto uma mulher segura, independente e bem resolvida” e fui trabalhar.
Dias depois, ainda com a satisfação estampada no rosto, chegava animada no escritório. O sol estava brilhando forte e a temperatura estava agradável. Era um belo dia para terminar o artigo que estava escrevendo: “Eventos Pequenos que Mudam a Vida de uma Mulher”. Sentei em frente ao computador e poucos minutos depois chegou um entregador. Ele tinha um arranjo de flores nas mãos, tulipas, e um cartão anônimo que dizia: “Meus dedos anseiam por passear pelos seus lindos e compridos cabelos pretos. Me aguarde…”
Acrescentei, então, ao título do artigo, duas palavras: “Para Pior”.